Qualidade da água na Lagoa da Pampulha tem resultados positivos

Qualidade da água na Lagoa da Pampulha tem resultados positivos
5 anos atrás

A água da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte-MG, atingiu 3 índices de qualidade da Classe 3 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) no primeiro trimestre de tratamento realizado no local. A previsão é alcançar a qualidade nos 5 parâmetros de avaliação até o mês de abril de 2019.

Os resultados foram apresentados durante uma reunião com a comunidade e o Núcleo de Acompanhamento do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (PROPAM) no último dia 26 de fevereiro.

Os parâmetros eleitos como representativos da qualidade da água na Lagoa incluem a presença de fósforo, clorofila, cianobactérias, coliformes termotolerantes e Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Os índices relacionados à clorofila, cianobactérias e DBO foram os que obtiveram sucesso na avaliação.

Segundo o Diretor de Gestão de Áreas Urbanas da Secretaria de Obras e Infraestrutura (SMOBI) da Prefeitura de Belo Horizonte, Ricardo Aroeira, o fósforo se acumula no sedimento e biomassa de algas da Lagoa, necessitando de maior tempo de tratamento para gerar resultados positivos. Em relação aos coliformes termotolerantes, a principal razão para não atingir o índice, de imediato, se deve ao lançamento de esgoto no local. De acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), 4% do esgoto gerado na região da Bacia hidrográfica da Pampulha chegam à Lagoa, o que corresponde a dejetos de aproximadamente 25 mil habitantes.

As obras de desassoreamento e recuperação da qualidade da água na Pampulha buscam minimizar os impactos sofridos pela Lagoa ao longo de décadas. Os problemas da área incluem até o lançamento de lixo sobre a água. De 5 a 10 toneladas de lixo flutuante são removidos por dia do local, segundo a SMOBI.

Os investimentos feitos pela Prefeitura de Belo Horizonte para recuperar e preservar a Lagoa são da ordem de 150 milhões de dólares envolvendo a contratação de diferentes empresas para cada tipo de ação, além da Consominas para a execução de monitoramento ambiental da área e realização do Programa de Comunicação e Educação Ambiental.

“É aceitável que tenha oscilação na qualidade da água. Qual é a vantagem de que a gente ajude o lago para que ele sobreviva? A velocidade de recuperação dele é muito maior. A ajuda é exatamente esse processo de tratamento que a gente instalou na Lagoa. Se a gente quer ter uma lagoa em boas condições, como a cidade merece, como a população merece, e que foi avaliada pelo UNESCO como merecedora do título de Patrimônio da Humanidade, juntamente com o Conjunto Moderno da Pampulha, o investimento é necessário”, reforçou Ricardo Aroeira.